sábado, 25 de agosto de 2007

Privilégios, mimos e mordomias estatais
O prefeito de Nova York anda de metrô. Por que nossas autoridades não andam nas ruas?


Em haia, holanda, pedalando entre uma reunião e outra, passamos, meu amigo holandês e eu, por um ciclista que falava ao celular. Meu amigo me informou então que se tratava do ministro da Justiça em pessoa, e comentou em seguida: “Isso é muito perigoso... Andar de bicicleta e falar ao celular. Ele deveria parar ou pelo menos reduzir a velocidade”. E, para minha estupefação, arrematou: “Qualquer criança aprende na escola que falar ao celular enquanto pedala é ainda mais perigoso que dirigindo um carro”.

Tentando me refazer do choque cultural, fiquei refletindo sobre o estranho senso comum daquele pequeno país que, apesar de ter um décimo da população do Brasil, tem um PIB encostado no nosso e uma lista de 17 agraciados com o Prêmio Nobel. Com meu senso comum de brasileiro, ponderei a meu amigo holandês que o verdadeiro perigo era uma autoridade de tal estatura se expor em público, daquela forma, em tempos de terror mundial. E, como argumento final, acrescentei vitorioso: “Eu mesmo posso acertá-lo daqui com uma pedrada”.

“Certamente você pode. Entretanto, é importante em nosso senso de democracia que nossos representantes eleitos sejam vistos como parte do cotidiano das pessoas comuns. Isso tem um sentido de manter nossos representantes conectados com seus concidadãos, e vice-versa.” Calei minha boca e fiquei refletindo sobre a democracia brasileira.

Em nosso país, ocorre uma perversão estrutural de nossa representação democrática que considero muito mais extensa e danosa que a corrupção: o sistemático descolamento de nossos representantes do cotidiano da sociedade. Falta um José Serra fazendo feira, ou um Aécio Neves no supermercado, como fazem seus colegas parlamentares israelenses, que se misturam aos cidadãos, mesmo vivendo em estado de guerra. Ou Cesar Maia andando de metrô, como faz seu colega bilionário e atual prefeito de Nova York, Michael Bloomberg. Já imaginou uma Marta Suplicy tomando ônibus como qualquer parlamentar britânico? Um Nelson Jobim registrando queixa de assalto numa delegacia comum? Sem chance. E se eles forem clientes de serviços públicos, como escolas e hospitais? Nem pensar.
O prefeito de Nova York anda de metrô. Por que nossas autoridades não andam nas ruas?

Uma vez tendo ascendido ao olimpo chapa-branca, todos se transformam nos “doutores”, servidos por carros oficiais, motoristas, secretárias, seguranças e copeiros pagos pelo contribuinte. Um território blindado, cheio de mimos, mordomias e foros privilegiados, que os mantém isolados de nossas angústias e ansiedades de clientes do Estado.

O mais grave é que, mesmo nossos representantes egressos de setores populares, como o presidente Lula ou a ministra Marina Silva, não esboçam nenhuma tentativa de produzir uma ruptura do padrão dominante. Nossa ex-ministra, senadora e governadora do Rio de Janeiro Benedita da Silva fez campanha usando o slogan “Mulher, negra, pobre e favelada”. No entanto, todos eles, uma vez eleitos, se desmaterializam do espaço cotidiano dos simples mortais.

Semelhante desconexão da classe política do contexto cotidiano de seus concidadãos só encontra similar em países africanos e em alguns de nossos vizinhos latino-americanos. Essa síndrome de descolamento anticidadão afeta homens e mulheres que ocupam mais de 100 mil postos públicos pelo país, ou gravitam em torno deles. Isso está na raiz de nossos problemas como sociedade. Não é algo que se resolva com a melhora da distribuição de renda. Tampouco com aceleração de crescimento econômico. Mas não sou dos que acreditam que essa é nossa natureza. Que estamos condenados a ser assim. Um bom começo pode ser um movimento cívico pelo fim do foro privilegiado.

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Operação abafa para salvar o Renan

Precisamos criar um comando 3C - Comando de Caça a Corrupto, pois o fim da corrupção na política e na administração pública somente será alcançado quando nós cidadãos começarmos a agir pessoalmente, ou em movimentos coletivos, contra os vagabundos. Temos que ir atrás deles, descobrir onde esconderam o dinheiro e pegar tudo de volta, incluindo juros e correção monetária. Os corruptos jamais acabarão com a corrupção. Esperar que isso aconteça é uma estupidez.

Vejam o caso do Renan: o corporativismo da corrupção vai tentar abafar tudo. Se isso ocorrer só há uma coisa a fazer: partir com tudo pra cima do Senado e dos Senadores. O povo é idiota, mas não tanto e o abuso destes vagabundos está ultrapassando todos os limites.

Senador conta com oposicionistas para se salvar

Estadão Online - 23/08/07 --

Segundo cálculos de Renan, alguns senadores do DEM e do PSDB votariam por absolvê-lo

Expedito Filho e Marcelo de Moraes

Brasília - Uma operação-abafa, envolvendo número expressivo dos senadores oposicionistas, vem sendo articulada para salvar o mandato do presidente do Senado, Renan Calheiros ( PMDB-AL). Investigado por supostamente permitir que a empreiteira Mendes Júnior pagasse despesas pessoais, Renan já contabiliza a seu favor não apenas votos da base governista. Pelo menos sete senadores do DEM e alguns tucanos estariam dispostos a votar por sua absolvição.

O próprio Renan confidenciou a aliados que já tem o número de votos necessários para evitar a cassação em plenário. A lista de senadores do DEM que estariam dispostos a não cassar Renan inclui Romeu Tuma (SP), Edison Lobão (MA), Antonio Carlos Magalhães Júnior (BA), César Borges (BA), Heráclito Fortes (PI), Adelmir Santana (DF) e Maria do Carmo Alves (SE).

O líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (AM), chegou a ser advertido por colegas de partido pelo excesso de cordialidade demonstrada a favor do presidente do Senado e também é apontado como um provável voto pró-Renan.

Um dos primeiros a perceber o movimento foi o vice-presidente do Senado, Tião Viana (PT-AC), que estranhou a mudança de comportamento de tucanos, em reunião da Mesa Diretora, que acabou absolvendo Gim Argello (PTB-DF). “O PSDB mudou o comportamento e agora deve apoiar Renan”, revelou Viana a um amigo.

Entre os tucanos, o movimento contra a cassação teria sido detonado por ordem de um governador do partido. Como a votação que definirá o destino de Renan será pelo voto secreto, senadores tucanos dão declarações públicas pela cassação, mas nos bastidores já teriam se comprometido a socorrê-lo. “Isso é mentira. O PSDB votará pela cassação”, garante o senador Tasso Jereissati (CE), presidente do partido.

Por ironia, a maior preocupação de Renan é com o PMDB, onde quatro senadores estão dispostos a não apoiá-lo. Pelo menos três sonham em ocupar seu posto. Nesse grupo estariam os senadores Jarbas Vasconcelos (PE), Gerson Camata (ES) e Mão Santa (PI). Sem a mesma ambição, Pedro Simon (RS) votaria pela cassação.

Essas defecções seriam neutralizadas pelo apoio expressivo dos oposicionistas. As contas e promessas veladas de votos estão até aqui protegidas por um sigilo quase de alcova. E é com a força desse silêncio que o presidente do Senado pretende se manter no posto.

Ontem, os aliados de Renan comemoraram também o resultado do laudo oficial da Polícia Federal, entregue aos três relatores que analisam seu caso no Conselho de Ética. Para o grupo de Renan, o laudo sustentaria que ele não cometeu nenhuma fraude, desvio de recursos ou falsificação de documentos. No máximo, abriria lacunas para alguma explicação. Segundo seus aliados, com esse laudo, senadores que querem absolver Renan teriam argumentos para sustentar suas posições.

Sobre o empréstimo feito a Renan pela locadora de automóveis de seu primo, Tito Uchôa, revelado pelo laudo, seu aliado, Waldir Raupp (RO), líder do PMDB no Senado, diz que não significa problema. “Foi um empréstimo normal.”

domingo, 19 de agosto de 2007

Analisando o texto abaixo, você consegue ver a importância do Projeto OCW-USP para o Brasil ?

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O elitismo do ensino superior

O IBGE divulgou neste mês, na Síntese dos Indicadores Sociais, um dado inédito que ajuda a entender o perfil do estudante que consegue chegar na universidade pública.

Pela primeira vez, o instituto pesquisou o perfil socioeconômico do universitário de instituições públicas.

O resultado confirma o que já se sabia: a maioria dos estudantes (60%) dessas instituições pertencem à camada dos 20% mais ricos da população brasileira.

Entre os 20% mais pobres, apenas 3,4% estão representados nas universidades públicas.

Esses números não deixam dúvida quanto ao caráter elitista da universidade pública. No entanto, sua análise fora de contexto pode levar a conclusões simplistas.

Infelizmente, o IBGE não fez o cálculo do perfil socioeconômico dos alunos das universidades privadas. A pergunta que deveríamos nos fazer é: a universidade particular é mais ou menos elitista do que a pública?

Os números do IBGE não permitem obter essa resposta. No entanto, uma pesquisa já citada muitas vezes nesta coluna, do sociólogo Simon Schwartzman, mostra que o ensino superior como um todo é elitista.

Schwartzman fez o mesmo cálculo com base na Pnad de 1999, quando não era possível separar a rede pública da particular nas análises dos resultados. Sabemos, no entanto, que 70% dos estudantes do ensino superior brasileiro estão na rede privada.

Sabemos também, a partir dos estudos de Schwartzman, que os estudantes que pertenciam aos 20% mais ricos ocupavam 71% das vagas de todo o ensino superior em 1999.

Esse dado não deixa dúvida: não é só a universidade pública que é elitista. Esse é um problema de todo o sistema, e não apenas das instituições mantidas com o nosso dinheiro.

Os dados do IBGE também mostram outra faceta desse elitismo. É comum ouvir o argumento de que o problema do elitismo nas nossas universidades não é delas, mas sim do ensino médio. Em outras palavras, as universidades - públicas ou particulares - receberiam os alunos mais ricos porque o filtro social aconteceria mais cedo, no ensino médio, porque muitos estudantes pobres não conseguiriam completar o ensino médio, condição fundamental para entrar na universidade.

O IBGE mostra que essa afirmação é uma meia verdade.

Do ensino fundamental para o ensino médio, é inegável que existe um filtro social e que muitos estudantes pobres ficam pelo caminho. Na faixa etária de 7 a 14 anos, todas as faixas de renda pesquisadas, da mais pobre à mais rica, a taxa de frequência escolar é superior a 90%.

Dos 15 aos 17, essa taxa já começa a variar. Entre os 20% mais pobres, 71% estudam. Entre os 20% mais ricos, 94% estudam. Isso mostra que os pobres começam a abandonar o estudo mais cedo, mas nenhum filtro é tão elitista quanto o dos vestibulares.

É na passagem do ensino médio para o ensino superior que as estatísticas mostram que ocorre a maior elitização. Provavelmente, em qualquer lugar do mundo as universidades acabam atraindo os alunos mais ricos. No caso do Brasil, no entanto, os dados deixam claro que essa elitização é mais perversa.

É por isso que é tão importante discutir sobre temas como cotas, aumento de vagas nas universidades públicas, bolsas de estudo, financiamento, cursos para carentes ou qualquer outra proposta com o objetivo de aumentar o acesso dos pobres à universidade, incluindo a mais do que óbvia necessidade de melhorar a qualidade do ensino dado aos mais pobres.

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Superdotação e Talento

Leonildo Correa -- 2004

De acordo com Souza (2002) uma criança que tem QI (Quociente de Inteligência) em torno de 140 aproveita apenas 50% de uma aula comum, ou seja, o resto do tempo é utilizado numa espera tediosa de repetição do óbvio. Já uma criança com QI de 170 praticamente nada aproveita das aulas normais.
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Einstein teve uma infância difícil, não gostava da escola e entrou na lista dos repetentes. Outro gênio, o pintor holandês Van Gogh padeceu de desajustes psicológicos, assim como o matemático francês Pascal, que aos sete anos já fazia cálculos. Os exemplos são extremos, mas servem de alerta aos pais de crianças com talentos ou aproveitamento escolar excepcionais para sua idade e dificuldades de adaptação social. Essa combinação de sinais pode esconder a face de um superdotado, que requer atenção e cuidados especiais, talvez até eventual acompanhamento terapêutico.
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A criança superdotada caracteriza-se por ser mais rápida do que as outras, com ou sem o professor; por questionar informações e conceitos, discordando do que foi passado e do nivel da informação recebida e sempre tendo uma postura crítica e de julgamento, não aceitando e nem reconhecendo a função da escola e do professor, uma vez que se coloca no mesmo nivel que ele. Revela extensão de informações nas diversas áreas. Apresenta independência no trabalho e no estudo. Enfrenta situações conflituosas em trabalhos de grupo, pois seu conhecimento e visão se encontram acima dos colegas e isto não é aceito por eles. Provavelmente continuará opondo-se a ordens, normas, disciplina e diretrizes.

Trabalho realizado em 2004 -- Texto completo

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

O poder de ataque dos vírus

Leonildo Correa 13/08/2007

Eu li um texto no STOA falando dos seres unicelulares e da força de arrasto. Depois de ler esse texto resolvi escrever algo sobre o poder de ataque dos vírus.

O texto de Ewout Ter Haar (ler texto) diz que: "Para organismos unicelulares natação é bem diferente do que para organismos do nosso tamanho. Se você for muito pequeno, efetivamente a viscosidade e as forças de arrasto são tão grandes, que você vive num mundo “sem inertia” e as forças de gravidade são de pouca importância."

Certamente, as forças NATURAIS são inexoráveis, principalmente para seres tão pequenos. Contudo, o fato das forças Naturais serem inexoráveis não impede a ação deste pequenos organismos sobre o ambiente no qual estão inseridos. E a ação desses pequenos é tão forte e elaboradas que são capazes de atacar, controlar e destruir sistemas que infinitamente maiores que o seu tamanho.

Um exemplo claro disso é o vírus. Um ser exponencialmente menor do que os unicelulares e com um poder de fogo e de ataque capaz de dizimar todo o exército americano em questão horas. Portanto, o tamanho não significa inteligência e não quer dizer nada sobre o poder de ação de um ser. A ação feita com inteligência derruba e desarma quaisquer inimigos, quaisquer sistemas, não importando o número daqueles que estão do outro lado. Mas vamos às medidas.

Em uma busca rápida na internet descobri que "Os vírus apresentam uma grande variedade de forma e de tamanho. O diâmetro dos principais vírus oscila de 15-300 nm. O vírus da varíola é o maior vírus humano que se conhece (300x250x100 nm), enquanto que o da poliomielite é o menor vírus humano (20 nm de diâmetro). O vírus da febre aftosa, responsável por uma doença em gado, possui 15 nm, sendo portanto, menor que o poliovírus." (Texto da busca)

Mas quanto vale 1nm. Em outra busca mais rápida ainda, descobri que 1nm (Um nanometro) vale 1,0×10−9 (dez a menos nove) metros – ou um milionésimo de milímetro. Agora, qual é o tamanho de um ser vivo, por exemplo, o homem ? 1,7 m ? Compara o tamanho do homem com o tamanho do vírus e diga-me: um vírus pode atacar, controlar e matar um homem ? Não só pode, como mata. Basta ver o vírus da Aids.

Contudo, a força de arraste continua existindo e carregando o vírus para toda a parte. Mas o vírus não está nem aí. A força de arraste não lhe interessa. Porém, isso não impede o vírus de agir sobre o ambiente que o rodeia e controlá-lo completamente, assim como matá-lo em pouco tempo.

E o negócio é tão surpreende que chego a pensar que os vírus usam táticas de guerrilha para controlar os outros seres. Parece até que há uma inteligência em ação, dada a estratégia desses pequeninos. Veja o caso do vírus da aids. "Ele penetra no corpo humano por vias bem definidas e ataca as células importantes que fazem parte do sistema de defesa do nosso organismo." O vírus não ataca as células gordas para se alimentar. Nem as mais gostosas ou desprotegidas. Ele não faz isso. Ele vai direto nas células de defesa. Nos soldadinhos chamados linfocitos. "O HIV destrói os linfócitos - células responsáveis pela defesa do nosso organismo -, tornando a pessoa vulnerável a outras infecções e doenças oportunistas, chamadas assim por surgirem nos momentos em que o sistema imunológico do indivíduo está enfraquecido."

Essa é uma estratégia eficientíssima. Tão eficiente que ninguém consegue encontrar um meio capaz de eliminar o vírus do organismo. Uma estratégia que consiste em atacar o sistema de defesa e deixar o organismo completamente desguarnecido, vulnerável, à mercê da vontade do vírus.

Não só isso, veja como essas coisinhas são inteligentes: "(...) os vírus só são replicados dentro de células vivas. O ácido nucléico viral contém informações necessárias para programar a célula hospedeira infectada, de forma que esta passa a sintetizar várias macromoléculas vírus-específicas necessárias a produção da progênie viral. Fora da célula susceptível, as partículas virais são metabolicamente inertes. Estes agentes podem infectar células animais e vegetais, assim como microrganismos. Muitas vezes não produzem prejuízos aos hospedeiros, embora demonstrem efeitos visíveis."

Enfim, as forças NATURAIS podem arrastar os seres prá e prá cá. Contudo, isso não quer dizer absolutamente nada quanto ao poder de ação desses seres sobre o ambiente que o rodeia e sobre o sistema no qual estão inserido. E a experiência mostra claramente, no caso do víru, que um ser de tamanho 10−9 (dez a menos nove) metros pode atacar, controlar, derrubar e matar um ser de 1,7 metros.

E para finalizar esse texto interessante, cito a reflexão do Agente Smith no filme MATRIX:

"Eu gostaria de lhe contar uma revelação que eu tive durante o meu tempo aqui. Ela me ocorreu quando tentei classificar sua espécie e me dei conta de que vocês não são mamíferos. Isso porque todos os mamíferos do planeta entram em equilíbrio com o meio ambiente onde vivem. Mas os humanos não. Vocês humanos vão para uma área e se multiplicam, e se multiplicam, até que todos os recursos naturais sejam consumidos. a única forma de sobreviverem é indo para uma outra área, reiniciando o ciclo de destruição.

Há um outro organismo neste planeta que segue esse mesmo padrão. Você sabe qual é ? Um vírus. Os seres humanos não são mamíferos, mas sim vírus. São uma doença, um câncer neste planeta. Vocês são uma praga e nós somos a cura."

domingo, 12 de agosto de 2007

O Projeto OCW-USP e o Ensino Público Gratuito via Internet

Os medíocres e a burraiada da USP estão agindo, nos bastidores, para assumir o controle do Projeto OCW-USP e nos tirar para escanteio. Sem contar que alguns deles estão trabalhando, na surdina, para sabotar esses planos, assim como a organização Instituto OCW Br@sil. Mas eles não vencerão. Não vencerão porque nós somos pessoas inteligentes, intuitivas e obstinadas. Somos revolucionários high tec e acreditamos fanaticamente naquilo que fazemos e pensamos.

Além disso, nós sabemos que esses medíocres e a burraiada são iguais a lenhadores olhando para uma floresta: só conseguem ver lenha e carvão, nada mais do que isso. Eles olham para o Projeto OCW-USP e só conseguem ver a publicação de aulas presenciais na internet, nada mais do que isso, ou seja, possuem uma visão obtusa, limitada e estreita do Projeto e de suas repercussões.

Logo, não possuem competência e nem visão para gerenciar esse empreendimento. Por isso, eles não podem botar a mão nisso e nem controlar ou direcionar esse Projeto, pois se colocarem a mão vão estragar tudo. E depois para corrigir a lambança dará um trabalho danado.

Mas não é só os medíocres e a burraiada da USP que não conseguem ver o tamanho e a extensão desse iceberg chamado Projeto OCW. O MIT também não conseguiu ver as possibilidades disso. Por isso, o Projeto OCW-MIT começou desbravando o desconhecido, porém avançou e chegou no lugar em que todo mundo está chegando e parando: na mera publicação de aulas presenciais na internet. Não conseguiram e não estão conseguindo enxergar e avançar além disso. Vêem apenas vinte metros ao redor do Projeto. Nada mais do que isso. Eu estou conseguindo ver a duzentos metros e se eu subir nas costas dos medíocres e da burraiada consigo enxergar uns quinhentos metros.

Mas antes de avançarmos nesse texto vamos estabelecer algumas premissas. A primeira é: o Leonildo tem sérios problemas psiquiátricos, assim como mania de querer mudar o mundo e as coisas. Por isso, ele consegue enxergar mais longe do que os outros. Está bom assim ? A segunda premissa: as amadas imortais do Leonildo (Ele tem uma coleção) não gostam dele. Logo, ele não vive caçando mulheres por aí e tem bastante tempo para pensar e estudar. Posto isso vamos continuar.

O Projeto OCW-USP é o começou de uma grande revolução. Poderíamos dizer que é uma espécie de Grande Marcha que culminou com a instalação do Regime Comunista na China. O Projeto OCW-USP é a Grande Marcha. O Regime Comunista é o Ensino Público gratuito via internet. Contudo, não conte isso para ninguém, pois é o nosso plano secreto.

Certamente, a primeira coisa que os "Velhos do Restelo" vão dizer, quando nos ouvirem falando disso, é a mesma coisa que disseram para o Santos Dumont: "Impossível !!! Impossível !!! Impossível, pois o mais pesado do que o ar não pode voar." E a minha resposta para essas pessoas é um drink: um Keep Walking (Se beber, não dirija).

É difícil explicar as tecnologias atuais para pessoas de mente estreita e que não conseguem enxerga nem o que está ao lado delas, o que dirá falar de coisas que existirão daqui a vinte, trinta ou cem anos. É difícil porque essas pessoas estão com o corpo no presente, no século XXI, mas suas cabeças continuam no século XVIII. E se dependêssemos das decisões desses medíocres e da burraiada para evoluirmos estaríamos até hoje andando de cipó, usando lamparina e pombo-correio. Mesmo assim, vou falar do Ensino Público Gratuito via Internet que existirá em um futuro próximo.

O Projeto OCW-USP não se esgota em si mesmo e não visa apenas a disponibilização/publicação de aulas presenciais na internet. Isso é apenas um detalhe do Projeto. O detalhe mais evidente.

O que o Projeto OCW-USP faz realmente é iniciar a migração, completa e total, do Ensino Público Gratuito para a internet, para o ambiente virtual. Estou falando de Escola Pública Virtual, de coisas do futuro. Mas os cursos a distância não fazem isso ? A resposta é não, pois os cursos a distância atuais buscam ministrar cursos presenciais a distância. Só isso. Não fazem e não buscam nada mais do que isso.

Por isso, a lógica do Projeto OCW-USP é diferente. É diferente porque é a base de uma coisa maior, uma revolução educacional. É a primeira pedra na construção de um castelo. É a primeira árvore de uma floresta. O lenhador, os medíocres e a burraiada da USP olha para essa árvore e vê lenha e carvão. Eu olho para ela e vejo possibilidades, infinitas possibilidades, assim como o primeiro passo em direção a um futuro extraordinário.

Logo, não podemos deixar os lenhadores tomarem conta da árvore e nem da Floresta Amazônica. Estão transformando a Floresta Amazônica em lenha, carvão e madeira para construção civil. Estão transformando árvores de trezentos anos em mesa, cadeira e armário. A estupidez humana não tem limites.

Por exemplo, muito não entendem o fato do Projeto OCW-USP não emitir diplomas. Dizem os tapados, e com razão: Se o indivíduo faz o curso da USP, assiste todas as aulas, lê todas as anotações, etc por que ele não terá o diploma da USP ?

A resposta é simples: porque o Projeto OCW-USP pretende quebrar o paradigma do diploma. O diploma não é importante, pois não prova nada. É apenas um pedaço de papel que não valerá absolutamente nada se todos os registros da USP e do MEC pegarem fogo e queimar tudo.

Pergunto eu: se não houver provas da veracidade do diploma, o indivíduo que se formou pela USP perde o conhecimento que adquiriu ? A resposta é não. Portanto, o diploma não significa nada. É apenas uma mera formalidade arcaica que deveria ter sido enterrada no século XX, mas que conseguiu entrar no século XXI. O que realmente importa é o conhecimento. E nossa mira, nosso foco, deve estar no conhecimento.

Além deste, outros paradigmas serão quebrados ao longo do desenvolvimento e da implantação da cultura OCW. Por exemplo, a idéia do presencial, da bunda colada na carteira para assistir aula, do tempo necessário para formação, da idade para estudar coisas avançadas, etc. Todos esses dogmas serão quebrados e enterrados.

Antes de continuar quero falar uma coisa. A Revolução Francesa firmou na História o lema: "Liberdade, Igualdade e Fraternidade". Lema que foi dividido e se converteu em uma bandeira de luta. Um lema e três lutas: uma por liberdade, outra por igualdade e a terceira por fraternidade. Lutas contínuas que avançam de conquista em conquista. Não apenas para conquistar mais liberdade, mais igualdade e mais fraternidade, mas principalmente para se manter aquilo que se conquistou.

A primeira luta foi por liberdade. Ela não começou com a Revolução Francesa, pois essa luta sempre existiu na História Humana, mas foi nessa Revolução que ela apareceu com mais força, intensificando-se no século XIX. Inclusive podemos dizer que o século XIX foi o século de luta pela liberdade do homem e dos cidadãos, luta pelos Direitos Humanos, luta contra a opressão e tirania do Estado.

A segunda luta foi por igualdade. Essa luta também não começou na Revolução Francesa, pois ela sempre esteve presente na História Humana desde a antiguidade. Contudo, foi na França que ela se transformou em uma bandeira das classes sociais, intensificando-se exponencialmente no século XX. Assim, o século XX foi o século de luta pela igualdade entre os homens. Luta pelos direitos sociais. Época das revoluções comunistas.

A terceira luta é por fraternidade. E será travada agora, no século XXI. E as primeiras batalhas já podem ser percebidas, por exemplo, a questão da quebra de patentes dos medicamentos anti-aids, o software livre, You Tube, Wikipédia, os movimentos de Seattle, a explosão das ONGs, os Fóruns Sociais. Todos esses movimentos são transpassados por um fio comum que é a luta por fraternidade entre os homens. A lógica do lucro está sendo quebrada, a humanidade está se sobrepondo à mercadoria e ao preço. Você cobraria por um medicamento anti-aids que salvaria a vida de seu irmão ? Você cobraria direitos autorais e propriedade intelectual de um produto ou serviço que é essencial para o crescimento e para a evolução de seu irmão ?

A resposta é única: não. Não cobra porque entre você e seu irmão há uma ligação fraternal estabelecida pelo elo familiar. Essa ligação fraternal, de repente, saiu do âmbito da família e está contaminando a humanidade. Basta olhar para o Movimento anti-globalização, para os Fóruns Sociais, para as ONGs sérias e compromissadas com a Justiça Social, Direitos Humanos, etc. O mundo está mudando e tomando uma nova direção.

Mas, retomando o assunto anterior, a quebra de todos esses paradigmas da educação pública atual culminará com a instalação completa do Ensino Público Gratuito via internet e com a respectiva extinção das Escolas Públicas de Ensino Médio, Escolas Técnicas e Universidades. Existirão apenas os laboratórios e as áreas para aprendizagem manual. Mesmo assim, essas áreas irão desaparecer completamente com o desenvolvimento da realidade virtual, holografias, etc.

Assim, com as novas tecnologias que estão sendo desenvolvidas agora, o cérebro conseguirá entrar completamente em ambientes 3D, em uma realidade virtual, sem sair da cadeira do computador. Inclusive o ambiente das escolas atuais poderá ser reconstruídos em ambientes 3D e os alunos continuarem tendo aulas sentados em carteira, um atrás do outro, e todo mundo dentro de um mesmo ambiente virtual, uma sala de aula dentro do computador. Contudo, os corpos físicos dos alunos continuam em suas casas, porém conectados na internet.

Entretanto, assinalo que as creches e as escolas primárias continuarão existindo, pois essas fases são essenciais para a formação da sociabilidade humana, desenvolvimento da linguagem e aprendizagens manuais. Uma criança precisa ter contato direto com outras crianças para se desenvolver. E serão nessas fases que os pimpolhos irão aprender a usar todas as tecnologias e aprenderão a aprender utilizando a internet como ferramenta de aprendizagem. A partir da oitava série predominará a liberdade de aprendizagem e de conhecimento. O indivíduo estuda o que quer e aprende apenas aquilo que desejar.

Ele estuda via internet e, posteriormente, vai até determinado órgãos do Governo fazer as provas respectivas. Se um aluno de 11 anos estudou tudo de Direito e sabe tudo, não há razão para não se dar o diploma de bacharel em Direito para esse aluno. Basta verificar os seus conhecimentos em provas específicas e, uma vez aprovado, ele deve receber a qualificação. Aqui o paradigma da idade para acessar conhecimentos avançados será completamente quebrado. Não há razão para se nivelar pessoas. Cada um tem seus limites e suas facilidades e isso deve ser considerado na aprendizagem.

Portanto, quem vê no Projeto OCW-USP apenas a publicação de aulas presenciais na internet, deve ser mantido longe, bem longe, do Projeto. Esse Projeto é o estágio inicial da implantação do Ensino Público Gratuito via internet. É o começo de tudo. Por isso, em paralelo com o Projeto OCW-USP, serão desenvolvidos uma série de outros projetos menores visando atingir o estágio completo de migração do Ensino Público atual para o âmbito virtual. Isso poderá levar 10, 20, 50 ou 100 anos. Tudo dependerá da velocidade das mudanças e dos empecilho lançados pelos conservadores ao longo da estrada. Mas é inevitável e irá ocorrer.

Certamente, ao longo desse caminho de implantação do Projeto e da cultura OCW uma série de novas tecnologias irão aparecer e serão criadas. Essas tecnologias reunidas darão suporte e apoio ao novo sistema de ensino e educação via internet. Esse novo sistema tem grandes chances de constituir uma tecnologia genuinamente brasileira e, uma vez implantada com sucesso no Brasil, poderá constituir um dos principais produtos de exportação do Brasil, assim como os biocombustíveis, as urnas eletrônicas, etc, gerando um sistema global de Ensino Público Gratuito via internet.

Além disso, é válido ressaltar que não pretendemos, não podemos e não iremos construir o Projeto OCW-USP, assim como os demais projetos anexos e o Sistema de Ensino Público Gratuito via Internet, sozinhos. Existirão parceiros que dominam áreas e conhecimentos técnicos e linguagens de programação que nós não conhecemos. Teremos que contar com Físicos, matemáticos, engenheiros, etc, da USP e de outras Universidades. Portanto, a idéia é formar um consórcio para inovação.

Um consórcio que reunirá pessoas que já estão desenvolvendo tecnologias pontuais que, aglutinadas a outras tecnologias, dará vida e suporte ao Sistema de Ensino Público Gratuito via internet. Além disso, é necessário que os professores de educação e pedagogia, assim como todos os profissionais das demais áreas acadêmicas, comecem a desenvolver novas técnicas de ensino e aprendizagem, considerando a emergência do Ensino Público Gratuito via internet. É um ambiente completamente novo de aprendizagem onde tudo pode ser acessado na hora (texto, áudio, vídeo, etc).

O uso do ambiente virtual, para aprendizagem, na atualidade ainda é excessivamente limitado e restrito. As pessoas não sabem utilizar a internet como ferramenta para aprender mais. Não só isso, as informações disponíveis na internet hoje são fragmentadas, dispersas, não confiáveis, etc. Por isso, precisamos de Projetos OCW, aulas open e free com certificados de autenticidade, professores gabaritados ensinando, gratuitamente, para todos os brasileiros, etc. Tudo isso reunido em um local fácil de encontrar. Em um local sem login e sem senha, pois o símbolo máximo do monopólio do conhecimento e da retenção dos saberes dentro de uma Universidade Pública é o login e a senha para acessar conteúdos digitais.

Não só isso, o Governo tem que fazer a parte dele que é informatizar e instalar internet em todas as escolas públicas do país e dar possibilidades para que todos os alunos pobres recebam o notebook de cem dólares, assim como todos os professores tenham computadores conectados à internet.

Essas condições são imprescindíveis para que a próxima geração comece a entrar no Ensino Público Gratuito via Internet. Certamente, os próximos 20 anos (talvez menos, pois no mundo da tecnologias as coisas acontecem rapidamente) será um período de transição, construção e descobertas, havendo o convívio entre o ensino tradicional com o ensino virtual, mas com declínio do primeiro.

Além disso, o Governo deve disponibilizar e liberar recursos para o desenvolvimento deste Projeto OCW-USP, assim como para a construção dos demais Projetos que estarão ligados a ele. É um projeto feito para a coletividade e que beneficia toda a coletividade, sem distinção e sem exceção. É uma porta aberta para o desenvolvimento social e econômico.

Enfim, o Ensino Público Gratuito via Internet será uma realidade inevitável e nosso trabalho, no Instituto OCW Br@sil, é construir e concretizar esse futuro que vislumbramos agora. Para isso temos que democratizar o conhecimento, socializar os saberes e unir tecnologias, gerando, com isso, inovações e soluções inteligentes. A revolução da fraternidade está em curso. Estamos no século XXI.

O Projeto OCW-USP gera desenvolvimento

O acesso gratuito e aberto ao conhecimento e aos saberes gera desenvolvimento, produz inovações e reduz as desigualdades. Isso porque o conhecimento é uma ferramenta para solução de problemas e transformação social. Se todas as pessoas tiverem essa ferramenta, os problemas serão atacados de todas as formas, possíveis e impossíveis, e em todos os seus ângulos, conhecidos ou desconhecidos.

Soluções que alguns não vêem, outros verão. Perspectivas que alguns não têm, outros terão. E o problema será visto de baixo, de cima, de lado, de dentro, de fora e até da quarta dimensão. Com isso, novos caminhos serão abertos e novas estratégias encontradas. Quanto mais pessoas tiverem acesso ao conhecimento, mais rápido caminharemos para o desenvolvimento e mais soluções eficientes e inovadoras encontraremos.

Por isso, as três ações fundamentais que marcarão o século XXI serão: compartilhar, democratizar e socializar. O sucesso das redes P2P, do You Tube, da Wikipedia, etc derivam dessas ações.

Hoje, no Brasil, poucas pessoas têm acesso ao conhecimento. Poucas pessoas têm poucas visões, encontram poucas soluções, geram pouco desenvolvimento e produzem poucas inovações. Portanto, o monopólio e a retenção do conhecimento e dos saberes, dentro das Universidades Públicas, são fatores inibidores do crescimento econômico e do desenvolvimento social.

domingo, 5 de agosto de 2007

Argumentos favoráveis ao Projeto OCW-USP

O acesso gratuito e aberto ao conhecimento e aos saberes gera desenvolvimento, produz inovações e reduz as desigualdades. Isso porque o conhecimento é uma ferramenta para solução de problemas e transformação social. Se todas as pessoas tiverem essa ferramenta, os problemas serão atacados de todas as formas, possíveis e impossíveis, e em todos os seus ângulos, conhecidos ou desconhecidos.

Soluções que alguns não vêem, outros verão. Perspectivas que alguns não têm, outros terão. E o problema será visto de baixo, de cima, de lado, de dentro, de fora e até da quarta dimensão. Com isso, novos caminhos serão abertos e novas estratégias encontradas. Quanto mais pessoas tiverem acesso ao conhecimento, mais rápido caminharemos para o desenvolvimento e mais soluções eficientes e inovadoras encontraremos.

Por isso, as três ações fundamentais que marcarão o século XXI serão: compartilhar, democratizar e socializar. O sucesso das redes P2P, do You Tube, da Wikipedia, etc derivam dessas ações.

Hoje, no Brasil, poucas pessoas têm acesso ao conhecimento. Poucas pessoas têm poucas visões, encontram poucas soluções, geram pouco desenvolvimento e produzem poucas inovações. Portanto, o monopólio e a retenção do conhecimento e dos saberes, dentro das Universidades Públicas, são fatores inibidores do crescimento econômico e do desenvolvimento social.

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Navegar na internet é um hábito muito mais difundido entre os brasileiros do que se imaginava, segundo pesquisa Datafolha, encomendada pela agência de propaganda F/Nazca Saatchi & Saatchi. O levantamento indica que 49 milhões de pessoas, 39% da população com 16 anos ou mais, costumam acessar a rede.

39% da população acima de 16 anos acessam a web e 42% publicam conteúdo próprio; internet deixou de ser coisa de rico e democratizou a informação, avalia agência de publicidade que encomendou pesquisa.

O diretor de planejamento da F/Nazca, Fernand Alphen, afirma que os dados indicam que a internet não é mais “coisa de rico”: “Ela tem alta penetração nas classes C, D e E”. Por isso, Alphen considera que a rede contribui muito para a democratização do acesso à informação. “Quanto mais periférica é a população, mais a internet aparece como uma solução de inserção social, de acesso ao entretenimento e à informação, porque é um meio muito barato”, diz.

(Jornal Destake – 31/07/07)

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A proporção de pessoas que acessaram a Internet na população dos estudantes foi de 35,9%. Somente no Distrito Federal 57,5% e em São Paulo 51,2%, ou seja, mais da metade dos estudantes acessavam a Internet. 76,2% das pessoas com 15 anos ou mais de estudo acessavam a Internet.

Na população dos estudantes usuários da Internet, a proporção dos que a utilizaram para educação e aprendizado foi destacadamente a mais elevada (90,2%), vindo depois, mais distanciadas, as dos que a acessaram para comunicação com outras pessoas (69,7%) e atividades de lazer (65,5%). A proporção dos estudantes que a acessaram para a leitura de jornais e revistas alcançou 40,7% e as referentes às demais finalidades ficaram abaixo de 20%..

O percentual de pessoas que utilizaram a Internet no grupamento formado pelos profissionais das ciências e das artes alcançou 72,8%, situando-se no patamar mais alto. Em seguida, vieram os dos grupamentos dos trabalhadores dos serviços administrativos (59,3%) e dos dirigentes em geral (58,0%) e, depois, os dos membros das forças armadas e auxiliares (52,9%) e dos técnicos de nível médio (51,9%).

No contingente dos usuários da Internet que não eram estudantes, o maior percentual foi o das pessoas que acessaram a esta rede para comunicação com outras pessoas (67,8%), vindo, em seguida, os indivíduos que a utilizaram para educação e aprendizado (57,5%), leitura de jornais e revistas (51,7%) e atividades de lazer 45,7%.

Esse indicador atingiu 47,3% no grupamento da administração pública, 47,5% no da educação, saúde e serviços sociais e 57,9% no das outras atividades (intermediação financeira, seguros, previdência privada, atividades de informática, pesquisa e desenvolvimento etc.).

O contingente formado pelos militares e funcionários públicos estatutários, foi o que apresentou o mais elevado percentual de pessoas que acessaram à Internet (47,7%), vindo em seguida a dos empregadores (40,6%) e, depois, o do contingente das pessoas com carteira de trabalho assinada (32,6%). (IBGE–PNAD - 2005).