A mídia e o governo contra a Assistência Estudantil
Assinalo ainda que a USP tem uma série de programas de Inclusão de alunos das Escolas Públicas na Universidade (INCLUSP). Incluem os alunos de escolas públicas, mas não querem ampliar as moradias e a Assistência Estudantil para alunos de baixa renda. Isso é um absurdo. Se mais alunos pobres estão entrando na Universidade, é fundamental que existam condições para que esses alunos se formem. É a formação do aluno pobre que reduz as desigualdades sociais e não a sua mera passagem pela Universidade.
Li em alguma parte que a USP gasta 20% do orçamento com Assistência Estudantil. Isso é uma mentira descarada, pois tentam insinuar que esse dinheiro é gasto com moradia, alimentação e transporte gratuito para os estudantes. Não discriminam e não explicam nada para dar a idéia de que os estudantes que ocupam a reitoria pedem muito. E o que pedem não pode ser dado, pois a Universidade já gasta muito com Assistência Estudantil.
Essa é mais uma deturpação da imprensa. Uma deturpação que tem que ser corrigida. Um fato superficialmente verdadeiro, mas que cobre um cerne podre, uma grande mentira. Vamos explicar a coisa.
Assistência Estudantil não é só moradia, só alimentação e só transporte gratuito. É muito mais do que isso. Assistência Estudantil não é só para os alunos pobres que estão na Universidade, mas são para todos os atores que integram a USP e as imediações.
Primeiro exemplo, assistência médica é assistência estudantil. Mas tanto professores, quanto funcionários e quanto a população tem acesso ao Hospital Universitário e ao Hospital das Clínicas. O Jornal deveria ter dito isso, mas ocultou.
Assistência odontológica também é assistência estudantil. Mas tanto professores, quanto funcionários e moradores dos arredores do Hospital Universitário tem acesso aos dentistas do HU. Além dos dentistas que atendem no HU, também existem dentistas que atendem alunos, professores e funcionários no Bloco G do CRUSP.
Bibliotecas também são assistência estudantil e todas as bibliotecas da USP estão abertas para empréstimo e consulta de livros para alunos, professores e funcionários. E somente para consulta de livros para toda a população.
Restaurante Universitário também é assistência estudantil e tanto alunos, quanto professores e funcionários tem acesso aos restaurantes universitários da USP que fornece comida subsidiada.
O transporte gratuito (somente dentro da USP) também é assistência estudantil. Não é gratuito somente para alguns alunos, mas para todos: professores, funcionários, alunos e demais pessoas que passam pela Universidade.
As moradias estudantis e tickets gratuitos para a alimentação nos RU é que são assistência estudantil destinada apenas para estudantes de baixa renda. Mesmo assim, as moradias nos blocos C e G do CRUSP recebem exclusivamente estudantes de pós-graduação. Portanto, estudantes já formados e que, supostamente, teriam uma renda maior que os alunos da graduação.
Tudo isso o Jornal deveria ter dito quando insinuou que a USP gasta 20% do seu orçamento com assistência estudantil. Deveria ter dito, mas não disse, pois assim a população poderá pensar que 20% do orçamento são destinados a apenas estudantes pobres que estão na USP.
O que é destinado aos estudantes de baixa renda é um valor mínimo do orçamento. Além disso, o Jornal não disse que a USP possui uma reserva de Heranças Vacantes, ou seja, até 1994 todas as pessoas que morriam sem deixar herdeiros no Estado de São Paulo tinham seus bens destinados às Universidades Estaduais. Esses bens eram convertidos em dinheiro e aplicados, obrigatoriamente, na Assistência Estudantil.
A USP ainda tem alguns bens desses. Não sabemos exatamente quanto, pois ninguém nos informa nada a respeito, inclusive falam de Fazendas no Interior de São Paulo. Portanto, o dinheiro que vem desses bens e são aplicados na Assistência Estudantil não saem do orçamento da USP. O Jornal deveria ter dito isso, mas não disse, pois pretendia falar superficialmente para confundir a população.
Considero ainda que a lei de 1994 que mudou as Heranças Vacantes e passou a destinar os bens para o Município, para o DF ou para a União (caso dos territórios) deveria ser revista. Esses bens vacantes destinados aos Municípios acabam se transformando em moeda de corrupção. Os bens somem, pois ninguém tem controle sobre eles. E quando eram destinados à Assistência Estudantil tinham uma finalidade nobre. Eram investidos na redução das desigualdades, ou seja, na formação e transformação de estudantes pobres em bacharéis e doutores.
Assinalo ainda que a USP tem uma série de programas de Inclusão de alunos das Escolas Públicas na Universidade (INCLUSP). Incluem os alunos de escolas públicas, mas não querem ampliar as moradias e a Assistência Estudantil para alunos de baixa renda. Isso é um absurdo. Se mais alunos pobres estão entrando na Universidade, é fundamental que existam condições para que esses alunos se formem. É a formação do aluno pobre que reduz as desigualdades sociais e não a sua mera passagem pela Universidade. Se aumentam o número de alunos, também tem que aumentar as condições de permanência desses alunos. Tem que aumentar as moradias e tem que aumentar a Assistência estudantil para alunos de baixa renda.
Portanto, a nossa luta é sensata, é coerente e é justa. E não adianta os jornais deturparem os fatos e tentarem contar mentiras. Mentiras que voltam contra os próprios jornais que a publicaram, igual um bumerangue, pois isso acarreta uma queda no nível de credibilidade dos leitores. Basta o leitor descobrir que o Jornal conta mentira, para que ele veja aquela mídia como irresponsável e não confiável.
Essa é mais uma deturpação da imprensa. Uma deturpação que tem que ser corrigida. Um fato superficialmente verdadeiro, mas que cobre um cerne podre, uma grande mentira. Vamos explicar a coisa.
Assistência Estudantil não é só moradia, só alimentação e só transporte gratuito. É muito mais do que isso. Assistência Estudantil não é só para os alunos pobres que estão na Universidade, mas são para todos os atores que integram a USP e as imediações.
Primeiro exemplo, assistência médica é assistência estudantil. Mas tanto professores, quanto funcionários e quanto a população tem acesso ao Hospital Universitário e ao Hospital das Clínicas. O Jornal deveria ter dito isso, mas ocultou.
Assistência odontológica também é assistência estudantil. Mas tanto professores, quanto funcionários e moradores dos arredores do Hospital Universitário tem acesso aos dentistas do HU. Além dos dentistas que atendem no HU, também existem dentistas que atendem alunos, professores e funcionários no Bloco G do CRUSP.
Bibliotecas também são assistência estudantil e todas as bibliotecas da USP estão abertas para empréstimo e consulta de livros para alunos, professores e funcionários. E somente para consulta de livros para toda a população.
Restaurante Universitário também é assistência estudantil e tanto alunos, quanto professores e funcionários tem acesso aos restaurantes universitários da USP que fornece comida subsidiada.
O transporte gratuito (somente dentro da USP) também é assistência estudantil. Não é gratuito somente para alguns alunos, mas para todos: professores, funcionários, alunos e demais pessoas que passam pela Universidade.
As moradias estudantis e tickets gratuitos para a alimentação nos RU é que são assistência estudantil destinada apenas para estudantes de baixa renda. Mesmo assim, as moradias nos blocos C e G do CRUSP recebem exclusivamente estudantes de pós-graduação. Portanto, estudantes já formados e que, supostamente, teriam uma renda maior que os alunos da graduação.
Tudo isso o Jornal deveria ter dito quando insinuou que a USP gasta 20% do seu orçamento com assistência estudantil. Deveria ter dito, mas não disse, pois assim a população poderá pensar que 20% do orçamento são destinados a apenas estudantes pobres que estão na USP.
O que é destinado aos estudantes de baixa renda é um valor mínimo do orçamento. Além disso, o Jornal não disse que a USP possui uma reserva de Heranças Vacantes, ou seja, até 1994 todas as pessoas que morriam sem deixar herdeiros no Estado de São Paulo tinham seus bens destinados às Universidades Estaduais. Esses bens eram convertidos em dinheiro e aplicados, obrigatoriamente, na Assistência Estudantil.
A USP ainda tem alguns bens desses. Não sabemos exatamente quanto, pois ninguém nos informa nada a respeito, inclusive falam de Fazendas no Interior de São Paulo. Portanto, o dinheiro que vem desses bens e são aplicados na Assistência Estudantil não saem do orçamento da USP. O Jornal deveria ter dito isso, mas não disse, pois pretendia falar superficialmente para confundir a população.
Considero ainda que a lei de 1994 que mudou as Heranças Vacantes e passou a destinar os bens para o Município, para o DF ou para a União (caso dos territórios) deveria ser revista. Esses bens vacantes destinados aos Municípios acabam se transformando em moeda de corrupção. Os bens somem, pois ninguém tem controle sobre eles. E quando eram destinados à Assistência Estudantil tinham uma finalidade nobre. Eram investidos na redução das desigualdades, ou seja, na formação e transformação de estudantes pobres em bacharéis e doutores.
Assinalo ainda que a USP tem uma série de programas de Inclusão de alunos das Escolas Públicas na Universidade (INCLUSP). Incluem os alunos de escolas públicas, mas não querem ampliar as moradias e a Assistência Estudantil para alunos de baixa renda. Isso é um absurdo. Se mais alunos pobres estão entrando na Universidade, é fundamental que existam condições para que esses alunos se formem. É a formação do aluno pobre que reduz as desigualdades sociais e não a sua mera passagem pela Universidade. Se aumentam o número de alunos, também tem que aumentar as condições de permanência desses alunos. Tem que aumentar as moradias e tem que aumentar a Assistência estudantil para alunos de baixa renda.
Portanto, a nossa luta é sensata, é coerente e é justa. E não adianta os jornais deturparem os fatos e tentarem contar mentiras. Mentiras que voltam contra os próprios jornais que a publicaram, igual um bumerangue, pois isso acarreta uma queda no nível de credibilidade dos leitores. Basta o leitor descobrir que o Jornal conta mentira, para que ele veja aquela mídia como irresponsável e não confiável.
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