terça-feira, 18 de setembro de 2007

Frases do Filme V de Vingança

Leonildo Correa -- 17/09/2007 -- Já assisti 5 vezes... Se o nazismo renascer em um futuro próximo, ele terá a cara desse filme. Observem as instituições, a mídia, a dominação e as formas de controle. Os efeitos especiais são idiotices. Certamente, quem tem QI de ameba prefere os efeitos e não vê o resto...

"Ele dizia que os artistas usavam mentiras para dizer a verdade, enquanto que os políticos usavam as mentiras para encobrir a verdade.(...)"

"Lembre-se do dia 5 de novembro. A Pólvora, a traição e a conspiração. Não vejo razão para que a pólvora da traição jamais seja esquecida. Mas e o homem ? Sei que se chamava Guy Fawkes. E sei que em 1605, ele tentou explodir as Casas do Parlamento.

Mas quem ele era na realidade ? Como era ? Lembramos da idéia totalmente, mas não do homem, pois um homem pode fracassar. Podem capturá-lo, matá-lo e esquecê-lo. Mas 400 anos depois, uma idéia ainda pode mudar o mundo.

Presenciei pessoalmente o poder das idéias. Vi pessoas serem mortas em seu nome e morrerem defendendo-as. (...)"

"Não há tribunais neste país para certos homens.(...)"

"Boa noite, Londres. Primeiro, quero pedir desculpas por utilizar esse canal de emergência. Como muitos de vocês, eu também aprecio os confortos da rotina diária, a segurança do que é familiar, a tranqüilidade do repetitivo. Gosto disso, como qualquer um.

No intuito de comemorar eventos importantes do passado, geralmente associados à morte de alguém ou o fim de alguma horrível luta sangrenta, vocês celebram um feriado legal.

Achei que podíamos marcar esse dia 5 de novembro, um dia que certamente não é mais lembrado, tirando um dia das nossas vidas diárias para sentar e bater um papinho.

Claro que há alguns que não querem que falemos. Neste momento estão gritando ordens nos telefones e homens armados estão a caminho. Por que ?

Porque enquanto o cassetete é usado no lugar da conversa as palavras sempre manterão seu poder. As palavras expressam um significado e são para aqueles que aceitam ouvir a revelação da verdade. E a verdade é que há algo terrivelmente errado com este país, não é ?

Crueldade e injustiça, intolerância e opressão. Enquanto que antes vocês tinham a liberdade de objetar, de pensar e falar o que quisessem, hoje têm a censura e sistemas de vigilância coagindo vocês a conformidade e a submissão.

Como isso aconteceu ? De quem é a culpa ? Certamente uns são mais culpados que outros, mas serão responsabilizados. Mas o certo é que se quiserem achar o culpado, basta olharem no espelho.

Sei porque fizeram isso. Sei que estavam com medo. Quem não estaria ? Guerras, terror, doenças. Milhões de problemas conspiraram para corromper sua razão e roubar seu sentido comum. O medo os dominou. E em seu pânico, recorreram ao Alto Chanceler. Ele lhes prometeu ordem e paz. E a única coisa que pediu em troca foi seu consentimento calado e obediente.

Ontem à noite, busquei acabar com esse silêncio. Ontem à noite destruí o velho Barley (Edifício da Justiça) para lembrar este país o que está esquecido.

Mais de 400 anos atrás um grande cidadão quis incrustar o dia 5 de novembro para sempre em nossa memória. Sua esperança era lembrar ao mundo que retidão, justiça e liberdade não são meras palavras. Elas são perspectivas. (...)"

"O Povo não deve temer o governo, o governo é que deve temer o povo.(...)"

"Evey -- Acha mesmo que explodir o Parlamento tornará esse país melhor ?

V -- Certeza não existe, oportunidade, sim.

Evey --E você vai tornar isso possível explodindo um prédio ?

V -- O prédio é um símbolo, assim como o ato de destruí-lo. O poder dos símbolos vêm das pessoas. Sozinho um símbolo não tem sentido. Mas com gente suficiente, explodir um prédio pode mudar o mundo. (...)"

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Alguns comentários sobre o Filme:


Destruir para reconstruir, eliminar a opressão para fazer florir a liberdade, explodir uma realidade para que outra possa se erguer sobre os escombros.

Os grupos dominantes precisam ser destruído. E essa destruição tem que ser feita com a mesma violência com que eles nos oprimem.

V não quer meramente um acerto de contas pessoal. Verdade que ele não esquece e nem perdoa os horrores que viu e sentiu durante os primeiros anos de instalação do regime que agora surge para combater, (...). Mas, se fosse apenas isso, bastaria a ele eliminar os responsáveis pelo seu sofrimento (o que ele, efetivamente, faz — metódica e eficientemente, aliás).

Mas a cruzada de V não se restringe a pessoas. Sua amplitude é muito maior: ele quer matar todo um regime político. Não se conforma com a realidade que o cerca. Não se submete — e não admite que as outras pessoas se submetam. Quer abrir os olhos de seus concidadãos para o fato de que a realidade em que vivem não é a única possível.

Quer mostrar que o povo não deve temer um governo, mas todo governo deve temer o povo. Quer, como diz Evey, esquartejar a ideologia dos que detêm o poder.

Anarquista Sua vingança, portanto, transcende o mero gosto pelo sangue de seus algozes. E o fato de ele poder unir as duas coisas em sua cruzada, já que seus algozes são todos membros do próprio sistema que ele quer ver eliminado, é apenas uma feliz coincidência.

V é um anarquista no mais amplo sentido do termo. Ele quer erguer toneladas de poeira, resultado da explosão de tudo o que for um símbolo do poder instituído. Busca, acima de tudo, eliminar um governo por suas próprias mãos.

Texto completo do comentário: http://www.leonildoc.ocwbrasil.org/v.htm

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Trailer do Filme: http://br.youtube.com/watch?v=ygmxF04mF38

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