Leonildo Correa -- 30/09/2007 -- Vocês perceberam que nas últimas semanas eu parei de falar do Projeto OCW, de inovações, ensino público via internet, etc e passei a falar de guerras, violência e revolução. Isso não foi resultado da minha mente desequilibrada, como sugere alguns. E nem do fato de eu ter desistido dos projetos. Eles continuam sendo desenvolvidos.
A mudança foi motivada pelos ataques e ameaças a minha pessoa, assim como conspirações para sabotar os planos que desenvolvo em prol da coletividade. Os grupos dominantes querem mostrar que eles tem muito poder e que somente passarão os projetos que eles querem que passem. Por isso, atacam-me, ameaçam-me e articulam para sabotar os projetos apresentados.
Como resposta para esses grupos e para essas ações eu tenho a revolução, a violência e a guerra. Se os projetos não passarem, certamente, eu vou construir um grupo armado violento e terrorista para atacar, um a um, cada membro dos grupos dominantes, e cada autoridade pública que se levantou contra os interesses coletivos será derrubada a tiro.
Eu estou dizendo claramente que se os grupos dominantes podem atacar, ameaçar e conspirar contra os interesses sociais e coletivos, nós também podemos, e eu tenho a obrigação moral e ética de liderar e fazer isso, atacar, ameaçar e conspirar contra os interesses dominantes.
Ataques, ameaças e conspirações servem somente para levar as coisas para o lado errado, para alimentar o ódio e trazer a violência como solução. E não se enganem, eu não estou sozinho nessa... Basta eu me levantar e dar o primeiro tiro, para que milhares de pessoas das periferias se levantem com armas nas mãos.
As monstruosidades dos grupos dominantes, ao longo da História Brasileira, criaram muitos monstros. Certamente, é a lei da ação e reação. A hegemonia dominante produziu uma força anti-hegemonia que está se alastrando nas periferias. O ódio social cresce dia após dia. Um ódio que não está sujeito às mentiras da mídia ou dos políticos... Um ódio que não nasce de discursos ou de um líder. Um ódio que deriva tão-somente da realidade perversa das periferias. E a realidade perversa não pode ser encoberta por discurso.
Mas, certamente, um discurso pode explorar esse ódio, alinhar as intenções e formar fileiras. Diga-me: se por trás de cada janela da periferia existir um atirador da resistência a polícia ou o exército entrarão na periferia ? Se em cada viela existir centenas de bombas enterradas e acionadas por controle remoto, a polícia e os militares entrarão na periferia ? Se existir baterias anti-aérea embaixo do telhado dos barracos, a polícia e os militares voarão em cima da periferia ?
E se a periferia começar a atacar os grupos dominantes em seus redutos, condomínios fechados, etc ? Pequenos grupos de atiradores, no máximo 5, começarem a montar tocaias nas saídas dos condomínios e na porta das repartições públicas, o que farão os burocratas dominantes ?
A guerra de hoje não é a mesma guerra de ontem, quando os exércitos se reuniam para lutar. Era aquele monte de gente brigando, cavando trincheiras, etc... A guerra de hoje é o que acontece no Iraque e no Afeganistão... Pequenos grupos atacando e fugindo, atiradores sniper escondido por todas as partes e carros bombas explodindo em todos os lugares... Essa é a guerra de hoje.
Os militares brasileiros devem saber disso. Eu já sabia disso desde a década de 90, quando assisti o documentário "Império do Caos" que mostrava o formato das guerras do futuro e sua motivação social. Exatamente o que temos hoje...
Enfim, eu preferia continuar estudando e pensando nas tecnologias para a educação do futuro, mas as coisas não são como a gente quer que elas sejam. A realidade é perversa e nós temos que domá-la. Tudo o que faço é responder aos ataques, às ameaças e às conspirações no mesmo tom em que elas são feitas. Se querem uma guerra, vamos produzir uma e ver no que dá...
Eu vejo claramente que se for para utilizar a violência como solução, as periferias têm uma longa vantagem, pois iremos dar vazão ao ódio que já carregamos e possuimos, não iremos perder nada, pois não temos nada a perder, a não ser a exploração, a opressão e a exclusão. Não temos propriedades, não temos empresas, não temos indústrias, etc... Já vivemos com medo, na instabilidade, na violência e às margens do sistema.
Além disso, estamos acostumados com a violência e com a morte. Estamos acostumados com mortos na soleira de nossas portas... Vemos mortos todos os dias e por todos os lados. Ouvimos tiros de hora em hora... Logo, já estamos preparados psicologicamente e acostumados com um ambiente de guerra e para lutar em uma guerra. As monstruosidades do sistema contra as periferias está transformando, sem dúvida nenhuma, as periferias em grandes monstros.
Onde iremos obter essas armas ? Basta mandar uma lista para a pessoa certa no Paraguai que você recebe elas no lugar que quiser e quantas quiser...
Narcotráfico e Tráfico de Armas:
Notícias de uma Guerra Particular -- Hélio Luz -- Ex-secretário da segurança pública do RJ.
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Destruir para reconstruir, eliminar a opressão para fazer florir a liberdade, explodir uma realidade para que outra possa se erguer sobre os escombros. Os grupos dominantes precisam ser destruído. E essa destruição tem que ser feita com a mesma violência com que eles nos oprimem. (V de Vingança)
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Eu tenho um lugar reservado na História. Eu preferia que fosse ao lado de Gandhi ou Luther King, mas tudo indica que será ao lado de Stálin ou Hitler. Nós não escolhemos o lugar, é a realidade que nos coloca nele. É a realidade quem determina o papel que iremos desempenhar.
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