terça-feira, 18 de setembro de 2007

Superdotação e Desenvolvimento

Leonildo Correa -- 18/09/2007 -- Na era do conhecimento e do capital intelectual a questão da superdotação é essencial. Quem possuir o maior número de pessoas superdotadas terá hegemonia e autonomia econômica, social e intelectual. Poderá inventar tudo e criar tudo. E depois vender isso para os outros, que não inventaram e nem criaram nada.

Portanto, descobrir, formar e reter pessoas superdotadas é uma questão estratégica para o desenvolvimento. Hoje, o Brasil é um grande exportador de superdotados e de inteligência. E aquilo que poderia ter sido criado e desenvolvido aqui é levado para fora do país. Se isso não mudar, não iremos desenvolver. Se isso não mudar, continuaremos dependentes de tecnologias e de inteligência. Continuaremos vendendo produtos agrícolas para comprar computadores.

Em São Paulo as mudanças já começaram. Tomara que seja um projeto sério e responsável e não apenas mais um fogo de palha...

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Superdotados na rede pública

MARIA REHDER -- Estadão Online - Educação - 17/09/2007
http://www.estadao.com.br/vidae/not_vid53107,0.htm

Professores têm descoberto talentos por meio de capacitação

SÃO PAULO - O pequeno Leonardo, 9 anos, aluno da 3ª série da Escola Estadual Arthur Guimarães, Centro, ao ser questionado pela reportagem do JT sobre a localização do país Timor Leste não hesitou e respondeu: 'Fica no Sudeste Asiático, foi colônia de Portugal, hoje é independente e sua capital é Díli.'

É com essa mesma agilidade que o menino responde não só questões de geografia, como de história, matemática, entre muitas outras disciplinas. 'Leio uns 5 livros por semana, tenho muita vontade de aprender, mas também adoro brincar', diz Leonardo.

Sua mãe, Fátima Cavalcanti Martins, 41 anos - que trabalha em uma loja de roupas infantis no Centro - conta que se espantou quando ele começou a ler as primeiras palavras. 'Ele não tinha nem 3 anos e começou a perguntar com que letra começava o meu nome, o dele. Quando vi, ele já estava lendo as palavras ao seu redor.'

No entanto, Fátima só foi alertada que seu filho poderia ser um superdotado quando ele ingressou na Escola Estadual Arthur Guimarães, no Centro, para cursar a 1ª série. 'A gente sabia que ele era diferente, mas não superdotado.'

Após dois anos do diagnóstico, a mãe de Leonardo conta que já aprendeu a lidar com as altas habilidades do menino. 'A dificuldade era quando não sabia responder o que ele perguntava, mas hoje explico que vou pesquisar, ele entende.'

Fátima afirma que gostaria de incentivar o desenvolvimento das habilidades do menino, mas encontra dificuldades. 'Sou mãe solteira, é difícil. Eu o matriculei em uma escola de inglês, os professores ficaram impressionados, mas tive de tirá-lo, pois não dava para pagar.'

Leonardo já teve oportunidade de estudar em escola privada. 'Quando vi a diferença social, crianças com tênis caros, achei que isso daria um nó na cabeça dele.'

Na escola

A responsável pelo diagnóstico de Leonardo foi a coordenadora pedagógica Maria Célia Nunes. 'Os professores chegaram a reclamar que ele era indisciplinado, então o levei até a biblioteca e me surpreendi quando vi ele lendo enciclopédias e explicando tudo.'

Além de conversar com a mãe do menino, a equipe pedagógica da escola, desde então, tem criado atividades para desenvolver suas habilidades. 'Não sabia como lidar com esse tipo de caso, mas agora estamos recebendo boas orientações.'

Maria Célia se refere ao programa Caça-Talentos, da Secretaria Estadual de Educação, que tem capacitado 270 educadores para a identificar e trabalhar com os alunos superdotados das escolas estaduais.

A professora Arlete Carbonari Freire Braga, que atua como auxiliar técnico-pedagógica, explica que é importante para Leonardo conviver com colegas da mesma idade. 'Mas quando as professores percebem que ele está inquieto, o levam para biblioteca', diz Arlete.

A escola pretende levar Leonardo para fazer uma pesquisa de campo no Rio Tietê com alunos de 3º ano do Ensino Médio de outra escola. 'Depois, ele será o guia dos alunos da sua escola neste passeio.'

O DIAGNÓSTICO

* Alto grau de curiosidade;

* Boa memória; persistência;

* Atenção concentrada;

* Independência e autonomia;

* Interesse por áreas diversas;

* Facilidade de aprendizagem;

* Criatividade e imaginação

* Iniciativa; liderança;

* Vocabulário avançado para sua idade cronológica;

* Riqueza de expressão verbal

* Habilidade para considerar pontos de vistas dos outros;

* Facilidade para interagir com os mais velhos

O QUE FAZER

* Segundo a consultora Christina Cupertino, ao diagnosticar o aluno com altas habilidades, a escola pode montar esquema para que ele conviva com pares da sua idade e participe de atividades pós-aula - em parceria com universidades - para desenvolver as habilidades


* No site www.mec.gov.br, pode-se fazer download da apostila 'A Construção de Práticas Educacionais para Alunos com Altas Habilidades/Superdotação'

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SP agora tem professor para ensinar aluno superdotado

PAULO R. ZULINO - Estadão
http://www.estadao.com.br/geral/not_ger49762,0.htm


SÃO PAULO - O Estado de São Paulo conta, a partir de agora, com 270 professores altamente capacitados para identificar e encaminhar alunos superdotados. A Secretaria Estadual de Educação finalizou a formação desta turma, chamada de "caça-talentos" e composta por supervisores, assistentes técnico pedagógicos e professores coordenadores. Esses profissionais receberam treinamento durante um ano.

A iniciativa pretende identificar alunos superdotados, direcionando o aprendizado em temas que sejam necessários ao dia-a-dia dos alunos. Até então os alunos superdotados da rede estadual de educação eram identificados pela sensibilidade dos professores.

A diretora do Centro de Apoio Pedagógico Especializado (CAPE), Maria Elisabete da Costa, explicou que superdotado não é aquele aluno que tem facilidade de memorizar fórmulas e decorar datas, como a maioria pensa. O perfil desse estudante envolve muito mais a combinação de sensibilidade, criatividade e capacidade de criar e propor soluções novas para problemas na sala de aula.

O processo da secretaria teve início em 2005, quando dois integrantes foram treinados por consultores da Unesco, em Brasília. Na ocasião, aprenderam como identificar os superdotados. Os últimos números da Secretaria Estadual de Educação de São Paulo apontavam para 79 superdotados na rede.

Maria Elisabete da Costa acrescentou que a idéia é aproveitar o aluno superdotado para servir como exemplo aos colegas. Segundo ela, as qualidades desse tipo de estudante são potencializadas e servem para a turma crescer.

As características de alunos superdotados são: alto grau de curiosidade, boa memória, atenção concentrada, persistência, independência, autonomia, facilidade de aprendizagem, criatividade, iniciativa e liderança.

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SP agora tem professor para ensinar aluno superdotado

G1 São Paulo - 11/09/2007 - http://g1.globo.com/Noticias/Vestibular/0,,MUL102733-5604,0

Rede capacitou 270 docentes para identificar e encaminhar esses alunos. Turma recebeu o nome de "Caça Talentos".

O estado de São Paulo conta, a partir de agora, com 270 professores capacitados para identificar e encaminhar alunos superdotados. A Secretaria Estadual de Educação finalizou a formação desta turma, chamada de "caça-talentos" e composta por supervisores, assistentes técnico pedagógicos e professores coordenadores. Esses profissionais receberam treinamento durante um ano.

A iniciativa pretende identificar alunos superdotados, direcionando o aprendizado em temas que sejam necessários ao dia-a-dia dos alunos. Até então os alunos superdotados da rede estadual de educação eram identificados pela sensibilidade dos professores.

A diretora do Centro de Apoio Pedagógico Especializado (CAPE), Maria Elisabete da Costa, explicou que superdotado não é aquele aluno que tem facilidade de memorizar fórmulas e decorar datas, como a maioria pensa. O perfil desse estudante envolve muito mais a combinação de sensibilidade, criatividade e capacidade de criar e propor soluções novas para problemas na sala de aula.

O processo da secretaria teve início em 2005, quando dois integrantes foram treinados por consultores da Unesco, em Brasília. Na ocasião, aprenderam como identificar os superdotados. Os últimos números da Secretaria Estadual de Educação de São Paulo apontavam para 79 superdotados na rede.

Maria Elisabete da Costa acrescentou que a idéia é aproveitar o aluno superdotado para servir como exemplo aos colegas. Segundo ela, as qualidades desse tipo de estudante são potencializadas e servem para a turma crescer.

As características de alunos superdotados são: alto grau de curiosidade, boa memória, atenção concentrada, persistência, independência, autonomia, facilidade de aprendizagem, criatividade, iniciativa e liderança.

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Menino de nove anos ganha vaga em universidade

24/08/2007 - BBC-Brasil
http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2007/08/07

Um menino de nove anos conseguiu uma vaga numa universidade de Hong Kong após receber duas notas máximas no exame de admissão.

March Tian Boedihardjo inicia no mês que vem um curso de cinco anos formulado especialmente para ele.

Ao final do curso, o garoto, considerado um gênio, receberá os títulos de bacharel em ciências matemáticas e de mestre em matemática.

O presidente da Universidade Batista de Hong Kong, Franklin Luk, disse que a decisão de admitir o garoto foi baseada nos resultados excelentes obtidos por ele e no "compromisso de educar crianças talentosas".

No exame da universidade, March Tian Boedihardjo tirou nota máxima em matemática e matemática avançada.

Comunicação difícil com amigos

O menino disse em uma entrevista que, em seu tempo livre, gosta de ler livros, mas que, nos fins de semana, gosta de brincar com os amigos.

"Nós podemos brincar juntos, mas academicamente falando, não consigo me comunicar com eles", contou.

Entre os jogos preferidos da turma estão xadrez e banco imobiliário.

Ao ser perguntado por que não iria estudar na Grã-Bretanha, já que seu irmão mais velho cursa uma faculdade na Universidade de Oxford, March respondeu em inglês que seu pai “não tem dinheiro suficiente".

O pai da criança disse que a Universidade Batista de Hong Kong lhe havia transmitido a confiança necessária para lidar com as exigências de um universitário de nove anos.

"Eu aconselharia os pais de Hong Kong a não se preocuparem em saber o nível de QI de seus filhos. Apenas façam o melhor para educá-los e dêem espaço para que se desenvolvam", disse Tony Boedihardjo.

Tong Chong-sze, professor de matemática na universidade, disse que já conseguiu vários tutores para acompanhar o menino durante o curso.

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Trabalho sobre Superdotação e Talento:
http://xoomer.alice.it/direitousp/super.htm

De acordo com Souza (2002) uma criança que tem QI (Quociente de Inteligência) em torno de 140 aproveita apenas 50% de uma aula comum, ou seja, o resto do tempo é utilizado numa espera tediosa de repetição do óbvio. Já uma criança com QI de 170 praticamente nada aproveita das aulas normais.
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Einstein teve uma infância difícil, não gostava da escola e entrou na lista dos repetentes. Outro gênio, o pintor holandês Van Gogh padeceu de desajustes psicológicos, assim como o matemático francês Pascal, que aos sete anos já fazia cálculos. Os exemplos são extremos, mas servem de alerta aos pais de crianças com talentos ou aproveitamento escolar excepcionais para sua idade e dificuldades de adaptação social. Essa combinação de sinais pode esconder a face de um superdotado, que requer atenção e cuidados especiais, talvez até eventual acompanhamento terapêutico.
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A criança superdotada caracteriza-se por ser mais rápida do que as outras, com ou sem o professor; por questionar informações e conceitos, discordando do que foi passado e do nivel da informação recebida e sempre tendo uma postura crítica e de julgamento, não aceitando e nem reconhecendo a função da escola e do professor, uma vez que se coloca no mesmo nivel que ele. Revela extensão de informações nas diversas áreas. Apresenta independência no trabalho e no estudo. Enfrenta situações conflituosas em trabalhos de grupo, pois seu conhecimento e visão se encontram acima dos colegas e isto não é aceito por eles. Provavelmente continuará opondo-se a ordens, normas, disciplina e diretrizes.

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