Pérolas do Leonildo
A santíssima Trindade --
O mundo atual é controlado pela santíssima trindade: o capitalismo, o cristianismo e a democracia. A Democracia garante a liberdade. O capitalismo explora e o cristianismo ameniza. A Democracia garante a liberdade de ação, a livre iniciativa. O capitalismo usa a liberdade democrática para explorar e para oprimir, pois o que importa é o lucro infinito e tudo está a venda. E o cristianismo acalenta as almas, impede as revoltas e condena os subversivos ao inferno. Enfim, a Democracia dá o porrete, o capitalismo bate e o cristianismo assopra.
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Os medíocres são facilmente substituíveis, pois são todos iguais. Porém, aqueles que estão muito acima da média constituem pontos fora da reta. Estes são insubstituíveis, pois são únicos. Einstein criou a Teoria da Relatividade. Morreu sem acabá-la e até hoje ninguém conseguiu terminar o que Einstein começou. Einstein é insubstituível.
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O futuro está aqui. Você pode não acreditar, mas está. Em outras palavras, o futuro está dentro do presente. Contudo, ele está fragmentado, despedaçado, dividido em milhões de pedaços. Por isso não conseguimos vê-lo completamente, apenas pedaços de futuro no presente, mas está tudo aqui. Os tiranos de amanhã ainda estão sendo amamentados ou estão na escola. O Estado totalitário ainda está na prancheta. O controle de pensamento e de pensadores ainda está em fase de teste. Vejam Catanduvas: que maravilha de presídio para presos políticos, ou para intelectuais subversivos e jornalistas fofoqueiros.
O futuro que irá se concretizar depende de como os pedaços de futuro no presente se juntam e se ligam, ou seja, o cenário e os fatos de amanhã estão sendo montados hoje. A essência desta observação é que podemos interferir no resultado, induzindo variáveis. Para isto, precisamos apenas detectar e aproximar pedaços de futuro no presente e catalisar uma ligação entre essas partes. Assim, determinaremos a formação do futuro que desejamos. Enfim, nós podemos determinar o amanhã e construir o futuro agindo hoje, com nossas idéias, nossos projetos e nossas iniciativas.
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A pulverização da classe dominante
Existe uma classe ou apenas grupos dominantes ? Suspeito que tenha acontecido uma pulverização da classe dominante em milhares de pequenos grupos hegemônicos, cada um controlando e ditando as regras de uma área, de uma temática.
Por exemplo, se o assunto é propriedade rural a classe dominante é constituída pelos ruralistas e os dominados/oprimidos são os sem-terra, excluindo-se desta relação dominante/dominado os trabalhadores urbanos. Se o tema é proteção ambiental são as madeireiras, ou algumas Ongs, contra as comunidades indígenas. Se a questão é Administração Pública, a classe dominante é a burocracia estatal, ou seja, os burocratas são os opressores e os cidadãos ou usuários do serviço público, são os oprimidos. Assim, o INSS é o opressor, enquanto os aposentados são os oprimidos; as Secretarias de Segurança Públicas formam uma classe dominante, enquanto que os Presidiários e seus familiares são os oprimidos, etc.
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Coisas que não tem preço:
Juiz de primeiro grau, incluindo o oficial de justiça, R$ 50.000,00.
Juiz Federal, com um delegado Federal embutido, R$ 100.000,00.
Desembargador com atendimento 24 horas, R$ 500.000,00.
Ministro do STJ, incluindo o irmão, R$ 1.000.000,00.
Fazer Justiça com as próprias mãos não tem preço.
Tem coisas que não tem preço. As outras sentenças você compra com um Mastercard.
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Risco-Judiciário: 3000 pontos
Garantia de justiça: 0,1%
Garantia de injustiça: 99,9 %
O judiciário não se relaciona com justiça, mas ao contrário, é uma instituição que garante as injustiças.
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A venda de sentença é mais um negócio do capitalismo globalizado. A justiça virou um produto.
E, mais uma vez, quem tem dinheiro sai na frente, pois agora, talvez desde sempre, a justiça é mais uma mercadoria que se pode comprar na esquina, na internet, etc.
Se pessoas são vendidas, por que as sentenças e a justiça não seriam ?
E a tal segurança jurídica? O que acontece com ela depois dessa enxurrada de venda de sentenças ?
Agora está bem claro: quem tem poder econômico compra a sentença, compra a justiça, compra os juízes.
Será que os fazendeiros também estão comprando liminares para reintegrarem posses de fazendas improdutivas invadida pelos sem-terra?
Será que os madeireiros estão comprando liminares e sentenças para continuarem desmatando e derrubando as florestas?
Será que os industriais, os banqueiros, etc estão comprando liminares e sentenças judiciais que declarem as greves injustas e obriguem os trabalhadores a retornarem ao trabalho, garantindo, assim, a continuidade da escravidão e da opressão patronal?
Será que os proprietários estão comprando liminares para despejarem as famílias que ocupam terrenos e prédios vazios nas cidades grandes?
Será que os corruptos estão comprando liminares para trancarem processos ou liberarem bens bloqueados pelos poucos juízes sensatos e coerentes?
Em todos esses casos o poder econômico, com sua infinita capacidade de corrupção, é uma das partes, enquanto na outra estão os Hipossuficientes ou a coletividade.
Um Ministro do STJ custa R$ 1.000.000,00. Quanto custaria um Ministro do Supremo?
A justiça brasileira é suspeita de prostituição. É injusta e está a venda.
O próximo passo será o leilão de sentença e de decisões judiciais. Quem paga mais, leva.
Quem acredita na justiça do judiciário brasileiro, também deve acreditar em ET de Varginha, Saci-Pererê, mula sem-cabeça, coelhinho da páscoa, Papai Noel, etc.
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Revolução Negra
A coletividade é negra, ou seja, a maioria da população brasileira é composta por negros. Logo, o poder do Estado pertence aos negros. O poder do Estado tem que ser exercido pelos negros e em benefício dos negros.
Está na hora de acabarmos com a hegemonia e a tirania dos brancos sobre os negros.
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Direitos Humanos é para classe dominante. É coisa de rico. Para criminosos, pobres, negros e demais minorias excluídas só existem Direitos Desumanos.
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A Igreja tem razão em criticar o governo
As políticas sociais do governo estão reduzindo as desigualdades e acabando com a pobreza. Isso é um grave problema para as igrejas, sejam evangélicas ou católicas, que se desenvolvem e proliferam nas periferias e em áreas de extrema pobreza. Se o governo acabar com os pobres quem é que as igrejas vão enganar e escravizar ? Quem é que vai alimentar os seus cofres, seja do Vaticano ou do Edir Macedo ? Deus é necessário na vida do homem, pois o homem precisa de Deus, mesmo não acreditando nele. Contudo, determinadas correntes religiosas só servem para enganar os humildes, confundir os de pouco conhecimento e roubar o peregrino de boa-fé.
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Perguntas difíceis de responder:
"A Democracia é importante em um país no qual a maioria da população não sabe se terá a refeição do dia seguinte? Quem ganha com a Democracia? É relevante a liberdade de expressão em uma nação onde 65% dos indivíduos são analfabetos funcionais? Há Democracia e Justiça em um país no qual os juízes e tribunais são parciais e não cumprem a Constituição? O que você prefere: roubar, traficar e matar ou morrer de fome?"
Conclusão: Com um salário de R$ 2.000,00, ou mais, é fácil defender a democracia de fachada, o direito inconstitucional, a justiça parcial e a liberdade de impor expressão, inclusive com unhas e dentes. Contudo, o povo suporta alegremente uma ditadura que lhes dê emprego e mesa farta, pois Democracia "não enche barriga".
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A Fuvest é um vestibular inteligentíssimo. Eles pedem livros e contos que, durante o vestibular, a maioria dos vestibulandos pensa ser uma leitura inútil. Mas não é. A literatura também é uma arma perigosa se for manejada com maestria. É um exemplo disso o fato dos regimes totalitários prenderem e matarem os poetas e os escritores.
Lembro-me de quando prestei o vestibular da Fuvest. Li todos os livros, incluindo Machado de Assis, Guimarães Rosa, etc. Contudo, o livro que achei mais interessante e próximo da realidade atual foi o "Macunaíma" do Mário de Andrade. Vivemos em um país de macunaímas, golpe em cima de golpe, picaretagens embaixo de picaretagens, safadeza atrás de safadeza.
Mas além desse livro, um outro texto também me chamou a atenção. Foi "O Velho do Restelo" de Camões. Também vivemos em um país cheio de velhos do restelo. Gente que tem o corpo no século XXI, mas a cabeça continua no século XVIII. Gente que só sabe dizer: "Isso é impossível. Isso não dá certo. Isso não funciona... etc".
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Acredito que:
--- Nada é mais subversivo e revolucionário do que a distribuição pública, livre e gratuita do conhecimento, pois a instrução e a sabedoria são fontes catalisadoras de mudança e de revolução.
--- O conhecimento produzido e retido nas Universidades Públicas tem que ser democratizado e distribuído gratuitamente, pois as instituições públicas são mantidas com dinheiro da coletividade, dinheiro do povo. A obtenção do diploma deve derivar de mérito (vestibular), mas o acesso ao conhecimento deve ser livre, público e gratuito.
--- A criminalização das drogas é uma estupidez que tem que ser eliminada, pois ela transformou um problema de saúde pública em uma guerra civil violenta. No contexto atual é melhor enfrentar uma epidemia, oriunda da descriminalização, porém tratada em hospitais e por médicos; do que continuar alimentando essa guerra idiota contra o narcotráfico, os narcotraficantes e os crimes derivados. A descriminalização pode matar de overdose, porém só atinge os usuários de drogas, enquanto a proibição mata não só de overdose, mas também a tiros e atinge a sociedade como um todo, podendo acertar qualquer.
--- É impossível eliminar completamente as desigualdades de um determinado sistema. Além disso, algumas desigualdades devem existir, pois são elas que possibilitam a evolução. Contudo, não se deve admitir índices tão acentuados, principalmente de diferenças sociais. O capitalismo selvagem e gerador de desigualdades tem que ser domado e domesticado.
--- A democracia não precisa de deputados e senadores. Os cidadãos não precisam de intermediários para expressar sua vontade. Além disso, atualmente, temos tecnologia e recursos para re-configurar a democracia e possibilitar a participação direta das pessoas nas principais decisões da nação e na aprovação das leis. Por isso pretendo acabar com o Congresso Nacional e com a figura dos deputados e senadores. Contudo, isto só será possível por meio de um golpe de Estado, da dissolução do Congresso e da elaboração de uma nova Carta Constitucional (uma nova Constituinte). O atual Congresso, movido a mensalão, pizza, propina e corrupção, não tem autoridade moral, interesse ou vontade, e nem terá, em fazer mudanças desse tipo. Justificando, portanto, a realização de um golpe de Estado. Um golpe que não visará tirar o poder dos cidadãos e cedê-lo a uma classe, mas sim tirar de uma classe e devolvê-lo integralmente aos cidadãos. Está na hora da democracia representativa evoluir e se transformar em uma democracia direta. Os cidadãos atingiram a maioridade e pedem de volta o poder que cederam aos representantes legislativos. Todo poder ao povo e pelo povo.
--- De acordo com os jornais, o referendo custou, ao Brasil, cerca de R$ 274 milhões, enquanto que o Congresso Nacional custou, no ano de 2005, cerca de 5,3 bilhões (Texto completo). Isso sem contar os mensalões, as propinas, os desvios, etc. Portanto, montar um sistema de democracia direta sairá bem mais barato do que manter um monte de ladrões roubando o país em Brasília. Temos que acabar com o Congresso Nacional, antes que o Congresso acabe com o Brasil.
--- Luis XIV (1638-1715) dizia: "O Estado sou eu." Era o absolutismo e o Estado realmente era o rei, inclusive o pagamento de impostos visava a formação do patrimônio pessoal do monarca. Com o advento da Democracia o poder saiu do rei e passou para o povo. Hoje o povo, e não os governantes, podem dizer: "O Estado sou eu." Isso tem que ser lembrado sempre, principalmente em épocas e para governantes que querem submeter o povo ao Estado, que querem fazer prevalecer os interesses do Estado (geralmente interesses próprios de quem governa) sobre os interesses do povo. O Estado é o povo e o Estado deve trabalhar pelo povo.
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O poder do indivíduo no mundo globalizado
Somos adestrados, desde de pequenos, a sermos fracos e impotentes diante dos sistemas vigentes. Aprendemos a acreditar na fraqueza do indivíduo diante do Estado, da religião, da família e do poder dominante. Enfim, somos treinados, desde de criança, a sermos dóceis e, portanto, facilmente domesticáveis. É a subserviência inculcada na pessoa desde o berço.
Contudo, os tempos mudaram e a coragem para enfrentar um sistema, uma qualidade rara até então, se disseminou pelo planeta e se tornou comum nas sociedades. Uma evidência clara disso foi a ação de Bin Laden. Um homem e seu grupo desafiando e enfrentando a maior potência da terra.
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